Anêmona Marinha


Opa, to abrindo a sessão Ciência com uma materia interessante que li na Science e completei com algumas informações extras para os que não são da área entenderem melhor:

Destaque da Science de 06/07/2007 (Vol. 317, N°. 5834)

Comparação sugere que o último ancestral comum a todos os animais já tinha material genético complexo.

A anêmona marinha (Nematostella vectensis, Animal invertebrado do grupo dos Cnidários, da classe dos Antozoários, representados por formas polipóides solitárias. Habita águas costeiras nos mares tropicais. Alimenta-se de pequenos invertebrados e até de peixes. As anêmonas marinhas podem deslizar e se arrastar lateralmente, andar sobre ou nadar com os tentáculos, ou ainda se deslocar produzindo bolhas de ar no disco pedal.) possui um genoma que é muito mais complexo e parecido com o dos vertebrados do que os da mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster) e de certos vermes, mostra uma equipe de pesquisadores do EUA e da Noruega. De maneira geral, acredita-se que os genomas se tornam mais complexos à medida que novas linhagens se desenvolvem ao longo da evolução, adquirindo assim novos genes, e os antigos sendo jogados numa "lixeira" genética chamada Homeobox, onde ficam guardados para que caso um dia seja necessario eles venham a ser religados. Mas o resultado de análise comparativa realizada pela equipe liderada por Nicholas Putnam, do Joint Genome Institute do Departamento de Energia dos EUA, sugere que o último ancestral comum a todos os animais existentes já tinha um patrimônio genético relativamente complexo, incluindo muitos dos genes que se pensava serem exclusivos dos vertebrados. Os pesquisadores relatam que o genoma da N. vectensis contém cerca de 450 milhões de pares de bases e um total de genes na casa dos 18 mil. Além disso, a estrutura do genoma e a organização desses genes revelam semelhanças inesperadas com o genoma humano. Entre as similaridades, estão centenas de genes compartilhados pelas duas espécies. Os autores sugerem que tanto a anêmona como os vertebrados conservaram trechos do genoma que a mosca-da-fruta e os vermes estudados perderam ao longo da evolução. Eles pretendem comparar o genoma da N. vectensis aos de outros animais, para aprender mais sobre a evolução dos genes ao longo da história dos animais. “Isso vai nos ajudar a entender não apenas as origens dos animais, mas também como a biodiversidade foi criada e moldada por mudanças genéticas”, diz Daniel Rokhsar, da Universidade da Califórnia (EUA), um dos autores do trabalho.

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